domingo, 28 de agosto de 2016

E fim...

 
...e  tudo o que restou fou a imagem da luz por entre as frestas dos tijolos de uma parede de mágoas,
da travessia inútil sem ter onde chegar,
que um dia foi mira certeira de felicidade,
de construção,
de destino,
de juras de amor,
de promessas de amor,
de certezas de amor,
porque quando se ama as dúvidas ganham forma de açúcar demerara,
sobre maçãs com canela,
servida no pós-almoço de domingo,
 onde a felicidade fazia morada e tinha riso e dentes
e cabelos ao vento e roupa no varal,
escorado por bambu, colhido no quintal do vizinho...
O tempo, que pode curar feridas, quando passa depressa demais vira corrente e súplica de volta para o início,
quando a vida era inocente,
quando a surpresa era a sobremesa daquele mesmo almoço, seguido de um cochilo de renovação,
nas tardes douradas de um domingo...
 a vida muda...
a gente muda
 e a música hoje é nostalgia ou saudosismo.
Já não embala o amor...
Amor envelhece,
 desgasta feito calça jeans sob o sol que doura a vida
 nesse meu Brasil, brasileiro... 
O dia simplesmente passou...
o domingo acabou na cinza de um tempo perdido
 em um canto qualquer
 desse mundo insano e belo... !
krika2016

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